Estabelecer relacionamentos em um ambiente de confiança aumenta significativamente as chances de colaboração e produtividade.
Fator chave na liderança e em negociações, a confiança é capaz de aumentar nosso sucesso ao anular comportamentos sabotadores, principalmente a dominância e o medo. A produtividade baseada em receios e opressão é fugaz, em contraste com a confiança que tem caráter perene.
Basicamente há a duas questões a responder na fase inicial do relacionamento, ou no engajamento: ´Posso confiar em você?´ e ´Quanto você pode confiar em mim?´.
De acordo com Paul J. Zak professor da Claremont Graduate University o cérebro humano apresenta duas idiossincrasias neurológicas, características comportamentais peculiares a um indivíduo.
A primeira envolve o córtex hipertrofiado, a camada externa, onde os insights, planejamento e abstrações ocorrem largamente. Esta parte nos permite fazer coisas extraordinárias, como nos transportar para a mente de nosso interlocutor, a habilidade de pensar ´ se eu fosse ele eu faria desta forma…´. Isto nos leva a fazer previsões sobre ações das pessoas e ajuda a coordenador nosso comportamento com elas.
A confiança neste caso entra como criadora do espaço habilitador para poder experimentar, pensar diferente, errar, não estar limitado pelos sabotadores internos, pelo receio do julgamento.
A segunda idiossincrasia é a empatia, nossa capacidade de compreender e compartilhar as emoções das pessoas. Reações químicas geradas pela empatia são muito maiores nos humanos que em qualquer outro animal, reforçando nossa natureza social.
A reação química gerada pela confiança reduz nossa ansiedade, aumenta a lealdade, torna a atividade mais agradável, recompensadora, aumenta nossa capacidade colaborativa, de trabalhar e produzir com os demais.
Conclusão
Quando atuamos para estabelecer relacionamentos de confidência, certeza e insuspeição aumentamos a a intensidade da atitude positiva, a inovação, a colaboração e potencialmente maior produtividade. É comum dizermos que as amizades mais profundas permitem longos silêncios.
O cenário de confiança, colocado em prática a partir de um propósito e balizadores de eficácia, farão que o rumo (norte) seja frequentemente verificado e validado, na maioria dos casos tacitamente, como uma bussola interna.
Fonte – artigo de Paul Zack
https://hbr.org/2019/07/how-our-brains-decide-when-to-trust